País

Beleza testamos: acompanhe a evolução da bioestimulação de colágeno, mês a mês

A editora de beleza Paola Deodoro relata a evolução, mês a mês, do tratamento que estimula a produção natural de colágeno

Para a grande maioria dos processos de cuidados com a pele, as soluções mais significativas estão na recuperação do colágeno. A proteína, responsável pela firmeza e elasticidade, é um dos principais objetos de desejo do skincare. E é por isso que um tratamento chamado bioestimulação de colágeno se torna ainda mais tentador.

Eu tenho 45 anos e com uma consciência muito clara de que a minha pele tem bastante firmeza, tenho poucos poros abertos e as marcas de expressão só começaram a aparecer há bem pouco tempo. Tudo genética, pois os meus cuidados são bastante básicos: nunca fiz nenhum tipo de intervenção no rosto. Nem botox, nem preenchimento. Assim, achei que um bom caminho para inaugurar uma nova fase de autocuidado seria a bioestimulação, pois como o próprio nome anuncia, funciona de maneira orgânica e estimula o próprio corpo a produzir colágeno extra.

Beleza Testamos: Paola Deodoro faz bioestimulação de colágeno (Foto: Arquivo Pessoal)
Bioestimulação de colágeno: a primeira sessão, em setembro (Foto: Arquivo Pessoal)
 

Em uma conversa muito sincera com o cirurgião plástico David Di Sessa entendi que o ciclo de vida do colágeno é limitado e que existe uma perda gradual ao longo dos anos.: “A partir dos 25 anos, perde-se 1% do colágeno do corpo por ano. Então você precisa fazer algum tipo de estimulação para obter colágeno novo, porque naturalmente ele não se renova, a gente só perde. Então é preciso repor”, explica o expert, que é Key Opinion Leader da Merz aesthetics.

Por isso, David lembra que o melhor cenário é fazer uma poupança de colágeno. Ou seja, repor antes de haver uma perda efetiva. Assim, o organismo vai utilizar quando for necessário, quando a perda ficar mais acentuada, sem que a pele sinta os danos e evitando o surgimento das marcas do tempo. E ainda lembra que colágeno demais nunca é ruim, principalmente porque ele é estimulado estrategicamente.

Beleza Testamos: Paola Deodoro faz bioestimulação de colágeno (Foto: Arquivo Pessoal)
Bioestimulação de colágeno: a segunda sessão, em dezembro (Foto: Arquivo Pessoal)

O cirurgião plástico pontua que uma das maneiras de estimular a formação de colágeno tem caráter químico. Com a introdução de substâncias específicas é possível causar uma resposta inflamatória controlada, que vai incentivar a formação de colágeno novo. “No meu caso, eu uso a hidroxiapatita de cálcio, substância do Radiesse, aplicada com uma cânula em pontos estratégicos do rosto ou do corpo. Depois da aplicação, é necessário fazer uma massagem pontual, para ajudar a distribuir a substância a partir dos pontos aplicados”, esclarece.

Tempo, tempo, tempo
Outro ponto importante a ser lembrado em relação à bioestimulação é o tempo de resposta. Como é um estímulo a um processo natural, os resultados não são imediatos. A partir dos 20, 30 dias é possível entender que a textura da pele está mudando. Foi nessa fase que eu percebi um aumento de brilho na pele muito repentino – e acentuado. Estaria eu alcançando o tão sonhado glow natural que a gente busca com muito skincare e maquiagem? <3

Outubro: Bioestimulação de colágeno, mês a mês (Foto:  )
Outubro: Um glow impressionante – mas o contorno e a papadinha ainda estavam lá (Foto: Arquivo Pessoal)
 

Quando voltei para a segunda sessão – que deveria ser 30 dias depois, mas demorei mais de 60 para voltar… – David me contou que o Radiesse aumenta a quantidade de proteoglicanos, que são moléculas do tecido conjuntivo que interagem com proteínas e atuam como lubrificantes e melhoram a absorção dos impactos da pele. Segundo ele, quanto mais proteoglicano a pele tem, mais hidratada ela fica. E essa é uma das primeiras respostas do tratamento.

Novembro: Bioestimulação de colágeno, mês a mês (Foto: Arquivo Pessoal)
Novembro: Aqui eu estava maquiada, mas o contorno irregular ainda é bem perceptível (Foto: Arquivo Pessoal)
 

Eu amei, porque a pele ficou realmente mais lisa e com uma radiância maravilhosa. Mas, no meu caso, o meu principal desconforto era a perda da definição dos contornos, aquele excesso de pele que fica no queixo, como uma bordinha. Também reclamava de uma papada que começava a se formar, aquele volume embaixo do queixo, que fica bastante visível no perfil e com determinados movimentos. E esses resultados eu só comecei a perceber depois da segunda aplicação.

Dezembro: Bioestimulação de colágeno, mês a mês (Foto: Arquivo Pessoal)
Dezembro: após a segunda sessão, pele mais firme e papada mais suave (Foto: Arquivo Pessoal)
 

Uns 10 dias depois da segunda aplicação já senti uma pequena tração na pele, que deu mais firmeza no contorno, mas ainda percebia o excesso de pele e a papadinha, e também uns pequenos nódulos localizados, que não percebi na primeira sessão. Mas em uns 40 dias foi o resultado mais visível. Pele muito, mas muito mais firme, o contorno sem excessos e o bigode chinês bem mais suave. Os pés de galinha ficaram mais discretos também, mas não cheguei a sentir diferença nas linhas da testa.

Janeiro: Bioestimulação de colágeno, mês a mês (Foto: Arquivo Pessoal)
Janeiro: cadê a papada que estava aqui? <3 (Foto: Arquivo Pessoal)
 

Ao longo do processo eu acompanhei o tratamento com cremes noturnos específicos para a firmeza da pele. Usei quatro diferentes ao longo de todo o processo e senti que quanto mais o tempo passava, mais o resultado se revelava.

Fevereiro: Bioestimulação de colágeno, mês a mês (Foto: Arquivo Pessoal)
Fevereiro: Bioestimulação de colágeno, mês a mês (Foto: Arquivo Pessoal)
 

O grand finale foi aos três meses depois da última aplicação, quando percebi algo realmente inesperado: para além do contorno mais firme, da papada quase desaparecida e do glow que nunca mais me abandonou, ganhei uma bochecha marcada, desenhada para cima, deixando o meu rosto, que é mais comprido, muito mais anguloso.

Março: Bioestimulação de colágeno, mês a mês (Foto: Arquivo Pessoal)
Março: o nascimento de uma bochecha marcada (Foto: Arquivo Pessoal)
 

A indicação geral é de que os resultados se mantenham por 20 meses e que as reaplicações podem ser feitas a cada um ou dois anos. A ideia é manter um equilíbrio entre as perdas de firmeza, criando essa reserva de colágeno para que ele possa entrar em ação sempre que a conta começar a ficar negativa. É claro que existem outros fatores no processo da pele que evidenciam o envelhecimento, mas acredito que manter quantidades suficientes de colágeno seja uma das maneiras mais orgânicas de compensar o que o tempo leva, pois é o seu próprio corpo que vai estabelecer as necessidades. E não há especialista mais sábio do que o nosso próprio organismo.

Abril: Bioestimulação de colágeno, mês a mês (Foto: Arquivo Pessoal)
Abril: contornos se mantém firmes, o bigode chinês quase desapareceu e a papada… nunca mais!  (Foto: Arquivo Pessoal)
 

Artigo original: Marie Claire – Beleza testamos: acompanhe a evolução da bioestimulação de colágeno, mês a mês